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Para Otto Alencar, programa "Mais Médicos" tem acertos e erros

Vice-governador da Bahia e secretário estadual de Infraestrutura, Otto Alencar antes de tudo é médico ortopedista. Por conta disto, o presidente estadual do PSD acompanhou com interesse a divulgação do programa "Mais Médicos", feito pela presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira (8). O conjunto de medidas mereceu considerações igualmente positivas e negativas de Otto, que viu pontos valorosos e erros na iniciativa.

 

Para Alencar, o grande erro do "Mais Médicos" está em promover a importação de profissionais de outros países. Ele argumenta que há médicos o suficiente no país para que haja uma cobertura suficiente em todo o território, o que torna a proposta vazia. Se há uma solução "internacional" a fazer, reivindica, esta seria a diminuição da burocracia relativa à convalidação dos diplomas de profissionais brasileiros formados em outros países.

 

Otto lista trabalhadores que conseguiram seus diplomas em diversos países da América do Sul e também em Portugal e, de volta ao Brasil, enfrentam um calvário que pode chegar a até 3 anos para fazer a convalidação e exercitar livremente a profissão localmente. "Acho que poderia ser reduzida esta burocracia. Se a convalidação é feita rapidamente, automaticamente milhares de médicos entrariam para o serviço no Brasil. Se depois disso fizessem uma análise e vissem que realmente há falta de médicos, aí sim que trouxessem de fora", defendeu.

 

Já sobre a obrigação de estender o curso de Medicina para oito anos, com obrigatoriedade dos dois últimos anos com trabalho obrigatório na Rede Básica, Otto avalia que se trata de uma boa medida para iniciar uma melhora na cobertura. Para ele, é positiva a criação de novas regras para o serviço, uma vez que considera importante "servir o seu país".

 

Alencar lembrou que, no passado, foi chamado pelo Exército para servir como médico durante um ano na região de Barreiras e afirmou que na época já havia consciência de que era improtante passar por esta fase. "(servir obrigatoriamente) É normal. Assim como o Exército ou a Marinha chamam para o serviço obrigatório, acho que o Overno federal também pode chamar o médico". Porém, outras medidas poderiam ser adotadas pela gestão nacional da saúde em busca de resolver definitivamente o problema da saúde no país.

 

Dentre estas possibilidades, Otto reivindica maior repasse de recursos do Ministério da Saúde diretamente para os municípios e o estabelecimento do Princípio Federativo para que os Estados tenham mais autonomia para efetuar a gestão de serviços. Ele opina que, após a extinção da CPMF, as cidades passaram a ter ainda mais dificuldades para contratar médicos, o que expõe a população a grandes dificuldades. Enquanto isto não acontecer, quaisquer outras medidas serão apenas paliativas.

 

"O mal de Brasília (o governo) é criar uma receita que ela acha que vai resolver o problema de todos os estados com problemas totalmente diferentes. Por exemplo: se o problema de Sergipe é Aspirina e o da Bahia é penicilina, Brasília manda Aspirina para todos", criticou. Entre as particularidades de cada local, Otto adiciona tamanho dos territórios, disponibilidade de centros médicos e localização da população

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